quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Vem, vem, vendo, vivendo.

Engraçado como as mudanças acontecem minuciosamente, nos impossibilitando de vê-las, entendê-las ou detê-las a olho nú. As minhas mudanças têm vindo à tona de maneiras curiosas. Cada dia encontro ou descubro algo de novo em mim. Leves indisposições, impaciências desconhecidas...que vem apresentado-se a mim como uma enxaqueca, talvez. Reconheço diferenças e as dou espaço para crescerem, fortificarem-se e até para não serem tão diferentes assim. Caminho de grupo em grupo, corro durante minha vida para encaixar todos os por menores e até os maiores por maiores que consigo assimilar. Corro pelo dia para atender berços diferentes, velhas fontes, nascentes atrasadas. Realizações tardias e perdas antecipadas. Como virá a noite de hoje? Como sempre vem? Com o cair do sol...com o frio da tarde? Será? Vivo para algum dia ver a noite chegar a cavalo...ou até para ver ela não vir. Permaneceria dia? Será que é tão diferente assim... A noite do dia? Vejo você, vejo ele/ela/eles/elas, me vejo. É uma questão de fé, ver a todos e ver cada um. É uma fé depositada em si e outra depositada em ti. Mas ter a fé, achar a fé e depositar a fé, são coisas distintas e distantes. É instantânea a rejeição a ela pois com ela, adquirimos o poder de enxergar e de enxugar o excesso de caractéres do nosso roteiro. Todo jornalista, todo escritor e até todos que encontram o seu todo em tudo que escrevem, desejam viver a vida que vivem no papel, ou a vida que o papel lhes permite viver, e não a vida vivida fora dele. Continua sendo instantânea a rejeição ao diferente e ao pior, por pior que você seja. Engraçado o pobre rejeitar a si, o faminto rejeitar a fruta, o amante rejeitar a dor. Leva, leve, releve tudo que digo para longe. Não faz sentido...e o sentido não dá pra ser sentido sem que algo faça sentido. Ou não?

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