terça-feira, 22 de abril de 2008

Opa! Segura que o chão tremeu!

21 h. 22 de abril de 2008. A Terra tremeu! E não foi a tremedeira usual, que sacode o País e deixa tudo de pernas pro ar! São Paulo realmente tremeu! Não sei se posso dizer terremoto, mas definitivamente um tremor de 5,2 graus na escala Richter! Opa, acabo de saber! Não foi apenas a terrinha paulista que estremeceu: Paraná e Rio de Janeiro também! É o fim do mundo! Eu estava pacificamente sentada na minha cama quando, de repente, tudo começou a balançar. No começo achei que fosse algum dos meus gatos embaixo da cama ou algo assim. Quando senti novamente, não tive dúvidas! Saí voando do meu quarto e convoquei todos para o hall de entrada, onde dentro de 25 segundos, sairiamos rumo ao térreo. Cada uma pegou um gato e para baixo lá fomos nós! Das quatro pessoas que moram em casa, duas sentiram o tremor fortemente, uma terceira acreditou que era efeito do remédio para dor de dente e a quarta não sentiu nada. Engraçado! Enfim, o tremor passou, meu porteiro oficialmente declarou meu apartamento um hospício (afinal, não é todo dia que se vê quatro mulheres desesperadas batendo à porta de sua cabine - três delas com um gato na mão - jurando de pés juntos que o apartamenteo havia tremido) e subimos novamente. 10 minutos depois, os sites começaram a divulgar, assim como a TV. O negócio foi grave! Será que dormiremos em paz esta noite? É minha gente... Tremor na Terra? Só pode ser o fim!

sábado, 5 de abril de 2008

Enquanto isso no Brasil... Cegos, surdos e mudos

A saúde vai de mal a pior! Em pleno século XXI, brasileiros estão sendo assassinados pelo mosquito da dengue. Ou melhor, assassinados pela falta de conscientização do real perigo dela. O Estado do Rio de Janeiro está em alerta. Já os paulistas estão assustados com a possível “ponte aérea” do mosquito, que se continuar nesse ritmo, invadirá São Paulo. Com uma das melhores medicinas, o Brasil sofre de um problema maior: a ignorância. É tão difícil eliminar possíveis focos da doença? A verdade é que o Brasil não tem foco algum. Um bando de cegos em pleno tiroteio!

Enquanto isso, união do crime organizado! As conexões entre o PCC e as Farc assustam os Estados Unidos! E assim, uma comissão brasileira vai para a escola! Brasileiros embarcaram para os EUA para aprenderem como funciona o sistema penitenciário americano! Pelo menos aí, os sistemas funcionam. Já aqui, a coisa vai mal!

E mais um caso de injustiça e pobreza humana. Mais uma criança assassinada sem piedade. Seja o porteiro, o pai, a madrasta ou o Gasparzinho, a realidade não muda. Atirada do sexto andar de um prédio, a Justiça deve ser feita. É engraçado como o cenário define a perspectiva: se algo assim acontecer na favela, a justificativa será delinqüência, drogas ou a velha ‘exclusão social’. Se acontecer na classe média, o termo é ‘depressão’. Diferenças sociais? Que é isso...

O Brasil é um país de cegos, surdos e mudos. Uma criança morre aqui, outra some ali, uma CPI abre de tempos em tempos e algumas pessoas morrem com uma picada. Mas como se fosse uma novela de quinta categoria, você desliga a televisão ou dobra o jornal e esquece. Volta ao trabalho e para sua vida, seus problemas. Tudo acontece debaixo do mesmo teto enquanto nossas realidades são opostas. Peço licença ao jornalista Ivan Lessa e faço de suas palavras as minhas, “a cada 15 anos, os brasileiros esquecem o que aconteceu nos últimos 15”. E dessa forma, tudo é sempre capa de jornal.

Aqui, estamos todos cansados das ‘novidades’. A última é que a aprovação do Governo cresceu: 58%. Não há meios que nos ajudem a compreender. Dou quantos motivos forem necessários, mas garanto: o povo brasileiro está doente. Seja de dengue, amnésia ou apatia. Nosso querido Lula disse ao presidente americano Bush que resolvesse sua crise. Talvez ele devesse ouvir seus próprios conselhos. Mas como não, eu digo então ao presidente brasileiro: meu filho, abra os olhos e faça qualquer coisa.
Esta crônica será publicada no jornal americano "Nossa Gente" no dia 16 de abril, em sua 13ª Edição. Jornal dedicado à comunidade brasileira que reside na Flórida - Estados Unidos. Faço parte do grupo de colaboradores do jornal e assim, aos poucos, vou me realizando. As realizações vêm aos poucos...e na medida certa.
(Por enquanto, sem foto)