sexta-feira, 30 de maio de 2008

De coração

É indiscutivelmente perfeita a capacidade de cura do ser humano. Independe de tempo, força ou qualquer outro fator que devemos a essa divindade. Já antecipo que não saberei transferir para esta 'folha' tudo que gostaria. E tentarei não fazer apologias. E se eu contar como se fosse uma história? Facilitaria?

Não nego e jamais neguei minhas crenças. Quem me conhece sabe que tenho em Deus a minha maior certeza. Digo e repito que não somos nada nessa vida sem a força da nossa fé, independentemente em quê ela é depositada. Sinto que talvez, desta vez, ela tenha falhado... Escorregado com o lodo trazido pela chuva. Ontem, eu admiti em voz alta uma fraqueza que eu nem mesma sabia que possuía (posso até considerá-la uma grande arrogância da minha parte). Mas, de qualquer forma, é verdade: eu não sei lidar com a dor dos outros, só com a minha, pois eu sei que tudo passa. Eu sei que quando enfrentamos dificuldade na nossa vida, Deus nos carrega no colo e assim, jamais estamos sozinhos. Eu sei que enquanto tivermos fé e enquanto nos apoiarmos nela, tudo ficará bem e nossa força surgirá de dentro. Eu sei disso. Meu medo é justamente este: que somente eu saiba. Como eu queria transferir tudo que eu sinto para quem precisa mais do que eu. Queria poder provar que nada nesta vida, nesta batalha que vivemos com dias contados, nesta batalha de ganhos e perdas, é em vão. Nada é. Claro que sempre podemos fazer um pouco mais ou um pouco menos... Mas de qualquer forma, o que quer que você tenha feito, foi o suficiente. Ninguém está aqui para salvar o outro; estamos aqui para ajudar um ao outro. E fazemos isso até a página três... Ou quando o amor é grandioso, até a página cinco. Honestamente, não há como fazer mais. Assim como o outro, nós também temos nossas fraquezas, nossos receios... Como diz uma pessoa muito querida, "podemos dar ao outro somente o que nos sobra"... E não é?

Nesta vida, da qual não sei praticamente nada, levo comigo o conforto de saber. Ela é engraçada: dá voltas e voltas e sempre acaba no mesmo lugar. Ela demora 'uma vida inteira' para explicar as dificuldades nela enfrentadas. A vida tem um jeito bacana de provar, mostrar e ensinar as coisas. Ela tem um jeitinho só dela de nos castigar: graciosa, astuta e, muitas vezes, até cruel. Pagamos caro por nossos erros, nossas gafes. Dormimos e acordamos com ela, aliás, nela. E voltamos à mesma realidade a cada manhã. Dormimos com os mesmos fantasmas e acordamos com o sol brilhando. Engraçado, não? Não importa quantos anos você tenha: o monstro do armário continua lá. E muitas vezes, ele se torna real.

Eu não sei lidar com a dor dos outros. É um sentimento violento de impotência. Fico de mãos atadas e me dá desespero. Mas, aos poucos, me contento com a força das palavras, muitas vezes mais acolhedora e confortante que um abraço ou que uma solução mágica para os problemas da vida. O que eu posso dizer, e isto somente fará sentido para o leitor correto, é: confie no tempo da vida, no tempo de Deus. E não se apavore: esta será a maior prova de que você não está sozinho.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Para não passar em branco

Falta de vergonha na cara. O mínimo que posso dizer sobre minha ausência no blog. Na verdade, o Dezacreditando estacionou por um breve período, mas a partir de agora, retoma suas atividades. Novamente, culparia o tempo pelo desleixo, mas desta vez, nem isto posso dizer. Tempo eu tenho. Chega de desculpas, bola pra frente! Motores ligados, aí vamos nós! Novidades? Por aqui, continuamos ‘andando sobre tábuas’... Bom, por coincidência, literalmente! Minha casa está em reforma e não sei mais onde está qualquer coisa. Meu quarto está com cheiro de tinta fresca, o que é um verdadeiro presente grego para minha enxaqueca. O piso foi trocado, o que levantou pó para todos os lados. Nada está no lugar certo e poucos cômodos estão ‘habitáveis’. O revezamento está bravo: cada dia uma pessoa dorme no colchão inflável, o que resultou em uma verdadeira concorrência... Todos querem o colchão! Na verdade, alguns já recuperaram a devida cama... Outros ainda estão em território alheio. Os gatos estão enlouquecidos e o estresse está com tudo! Ordem, por favor! Logo, logo tudo voltará ao normal... Ou pelo menos, espero. Meu maior dilema no momento é decidir qual será a cor das paredes do meu quarto. Admito, é difícil.

Falando em dificuldade, vou sair um pouco do âmbito ‘familiar’, sair um pouco de casa, e pegar a 23 de maio rumo à Universidade Mackenzie. Por lá, as coisas andam um pouco mais caóticas do que aqui. Ou seja, lá é onde o verdadeiro campo de batalha ocorre. É engraçado o quão longe (e baixo) a natureza humana pode chegar. Conheço cerca de 60 pessoas que convivem umas com as outras, ao menos, quatro horas por dia. Claro, cada uma com sua personalidade, características, panela, sonhos e gostos. Não vejo, a olho nú, uma pessoa sequer que seja má. Engano meu, obviamente. Existem claras diferenças entre algumas pessoas, mas nada cruel, nada que ultrapasse os limites da “boa vizinhança”... Até que esses relacionamentos passem para o computador. Até alguns dias atrás, havia uma comunidade da minha sala no Orkut e para ser sincera, nunca foi muito respeitada. Eu não fazia parte da mesma justamente por essa falta de respeito. Enfim, há cerca de uma semana, algumas pessoas ‘anônimas’ (afinal, quem tem coragem de encher a boca para falar dos outros com o nome e foto estampados na página? Além de desprezíveis, são covardes) iniciaram um novo tópico no fórum: falar mal e humilharem cada um da sala. O jogo funcionou da seguinte forma: um dos vários ‘espertos’ colocava o nome de alguém e outra pessoa fazia algum comentário sobre a mesma logo abaixo. Algumas dessas ‘descrições’ não eram humilhantes ou sacanas, já outras... Eu fui uma das pessoas que teve a sorte (para não dizer azar) de não ter sido, e desculpem-me o termo, esculachadas por essas crianças. Mas muitos amigos meus foram. A verdade, pessoal, é a seguinte: me dá medo de estudar e conviver com pessoas que são capazes de serem tão mal-intencionadas e falsas. No dia-a-dia, sorrisos atravessam a sala sem censura... Além de medo, sinto vergonha. Vergonha de, muitas vezes, ter dado atenção a alguma dessas pessoas sem saber quem são verdadeiramente. Eu faço parte da comissão de formatura e, a cada dia, me esforço mais para unir a turma. Juntamente com outras três meninas, fazemos o melhor possível para dar à sala um incentivo. Estamos batalhando para nos tornamos um grupo... Colegas ao menos.

Meu recado para quem serviu a carapuça: Dissimulados. Jornalistas fracassados, isto é o que cada um que já participou de qualquer maldade no fórum da comunidade é. Pessoas que agiram de má fé e que magoaram muita gente. E o pior de tudo: são pessoas injustas. Enchendo a boca para falar de quem mal conhecem. Liberdade de expressão? Não é isso que buscam todos os jornalistas? Fácil quando não se tem coragem de assinar em baixo.

Peço para que se a comunidade for reativada, nunca mais citem meu nome, para falar bem ou mal. Agradeço os elogios, mas os dispenso e, acima de tudo, os proíbo. Mudem de atitude, mudem de postura... Somente assim, e isso eu lhes garanto, vocês serão alguém que valerão a pena nesta vida. E só uma observação: meu nome tem dois z’s. Já que é para fazer, façam direito! E encerro como comecei: falta de vergonha na cara.
FIM de papo.

Enquanto isso no Brasil... Segura que o chão tremeu!

O Brasil está a todo vapor! Novamente, notícias que renderiam meses e meses de Nossa Gente espremidos em 30 dias. Tem tanta coisa acontecendo por aqui que o pessoal aproveita qualquer desculpa para dar uma escapadinha. Até um padre aproveitou o caos em solo e foi para os ares! Literalmente! Com o transporte mais eficaz conhecido pelo homem (bexigas coloridas gigantes) ele partiu para uma incrível jornada sem volta! Levou até o GPS, só não soube usar na hora “H” e sumiu do mapa! Aonde será que ele foi parar?

E eis que surgem os principais campeões estaduais! Admiráveis goleadas garantiram os vencedores: o time carioca Flamengo, o mineirinho Cruzeiro, o gaúcho Internacional e o time baiano Vitória foram os consagrados com placares elásticos! E em São Paulo, o Verdão foi campeão! Confirmando o favoritismo, o time do bam bam bam Luxemburgo conquistou seu primeiro título em um campeonato da 1ª divisão no século XXI! O bate-bola foi emocionante! E que venha o Brasileirão!

O caso Isabella já deu muito que falar e ninguém mais agüenta essa impunidade. Saturado, o caso exige justiça! Será que dessa vez a crueldade será castigada? Um ato que infringiu todas as normas e regras naturais do ser humano. Mas o Brasil não é o único país com doidos à solta... A Áustria bateu o recorde de barbaridades subumanas já ocorridas: um homem manteve sua filha presa por 24 anos e a engravidou sete vezes sem ao menos levantar suspeitas. É brincadeira! Curiosidades: nem este homem e nem o casal acusado de matar Isabella foram considerados ‘loucos’ pela polícia. Se nada disto é loucura, o que será?

Loucura talvez seja o eterno ‘Fenômeno’ levar três travestis para um motel na cidade do Rio de Janeiro! A noite não poderia terminar de forma diferente: na delegacia! Falando em fenômenos, a passagem de um ciclone em Mianmar levou a vida de cerca de milhares de pessoas. O Planeta está enfurecido! Até a Terra balançou! E não foi aquela tremedeira usual, que sacode o País e deixa tudo de pernas pro ar! Aqui realmente tremeu! Terremoto? Definitivamente um tremor de 5,2 graus na escala Richter! É minha gente... Tremor na Terra? Só pode ser o fim do mundo!
Esta crônica foi publicada no jornal americano "Nossa Gente" no dia 16 de maio, em sua 14ª edição. Jornal dedicado à comunidade brasileira que reside na Flórida - Estados Unidos. Faço parte do grupo de colaboradores do jornal e assim, aos poucos, vou me realizando. As realizações vêm aos poucos...e na medida certa.