quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A CARTADA FINAL - Por Rodrigo Curty

Querido leitor:

Apresento a vocês a novidade do Viver é etc! Desde já, postarei matérias sobre esporte elaboradas por Rodrigo Curty, grande amigo, comentarista esportivo e flamenguista roxo! Com muito prazer, abro espaço para esse talento aqui no dezacreditando.blogspot.com! Aproveitem! Beijos e siga acreditando!
"Esse domingo rola a última rodada do campeonato brasileiro de 2007. A agonia da rodada vai ficar por conta dos jogos que envolvem Corinthians, Goiás e Paraná. Ontem a torcida do timão fez a sua parte, cantou o tempo inteiro, não deixou de acreditar e não vaiou nem quando levou o gol do Vasco. O problema talvez tenha sido a ansiedade dos comandados pelo técnico Nelsinho Baptista. Faltou o finalizador com frieza, faltou Finazzi!!Vale enaltecer esse comportamento e dizer que após o jogo, o expressão de desespero e tristeza profunda presente no estádio do Pacaembú era notável. Agora só a vitória interessa para não depender de ninguém.A situação só não foi pior porque o Goiás levou uma goleada no Mineirão. O Galo de Leão fez a sua parte pelo Corinthians e claro por ele. O time está há nove jogos sem derrota e praticamente na Copa Sul-Americana de 2008.Sobre a próxima rodada não seria loucura em afirmar que praticamente o Brasil inteiro vai ficar ligado na dupla Gre-Nal. Os grandes do sul literalmente vão decidir quem cai e quem vai para Libertadores em 2008.O primeiro, o time do Grêmio ainda sonha com uma das vagas na taça Libertadores. Para isso vai precisar vencer o Corinthians e torcer por tropeços de Palmeiras e Cruzeiro. Tarefa difícil, mas por lá quando a torcida se lembra da histórica batalha dos Aflitos, tudo é possível. O timão por sua vez, precisa da vitória para não depender de ninguém e passar um bom Natal e Ano Novo.O Goiás teoricamente terá uma partida menos complicada. Enfrenta o Inter RS, vice-campeão do campeonato de 2005 no Serra Dourada. O tremor do corinthiano é exatamente esse – o Inter que não engoliu até hoje a perda daquele campeonato. Para muitos o colorado deve entregar a partida domingo e assim se vingar. Eu prefiro acreditar no profissionalismo dos jogadores. Não será um jogo fácil.Um clube que corre por fora é o Paraná. O time paranista encara em São Januário o Vasco. O time precisa da vitória e também torcer pelos tropeços de Corinthians e Goiás. Dessa forma em 2008 segue na elite, e empurra os dois para segundona.Quem diria que corinthianos, esmeraldinos e paranistas sofreriam até o final e que Cruzeiro, Palmeiras e Grêmio, esperariam até o fim para saber se disputam o principal torneio sul-americano.Vamos torcer para quem em 2008 o campeonato possa trazer as mesmas emoções, menos violência, erros de arbitragem e claro a massa presente em bons estádios. - Rodrigo Curty"

domingo, 25 de novembro de 2007

Domingo preguiçoso! Mas com inspiração!

Que domingo preguiçoso! Por isso, resolve colocar um post bem preguiçoso também! Separei mais algumas frases do meu “acervo pessoal” para postar aqui! Frases de músicas, livros, filmes etc. Prometo caprichar no próximo post, ok? Beijos e bom começo de semana!
*FRASES*-mande as suas também!

"Se não fosse pelos preconceitos, nunca seria tarde demais para nada."


“I was standing there in the church and for the first time in my whole life I realized that I totally loved one person. And it wasn’t the person standing next to me in the veil… It’s the person standing opposite me now…in the rain” – do filme Quatro Casamentos e Um Funeral

“There’s no monster, just a beautiful day” – do livro O Caçador de Pipas

“I’m coming waltzing back and moving into your head” – DMB

“Why won’t you run into the rain and play and let tears splash all over you” – DMB

“Felicidade é alguém para amar, algo para fazer e algo para aspirar” –
Joseph Addison
“Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a grande felicidade” –
Pearl S. Buck
“Sentir é estar distraído” – Fernando Pessoa

“O inferno está cheio de boas intenções” –
Samuel Johnson
"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento" - Clarice Lispector (enviado por Carla)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

E mais um vez, o Brasil erra.

O Brasil errou. E errou feio. Não me refiro à atuação ofuscada de estrelas como Robinho e Ronaldinho pelo reserva-do-reserva Luis Fabiano e o sob-a-sombra-de-Rogério-Ceni, Julio César. Não me refiro também ao futebol desconhecido que rolou em campo, afinal, aquilo não foi futebol brasileiro (ou foi, vai saber). Não posso discutir futebol, mesmo porque, sou um tanto quanto leiga no assunto. E talvez seja melhor assim – beiro a imparcialidade. Acredito que a combinação dos jogadores já não desce tão bem, afinal, cada um adquiriu um novo estilo "jogando jogados" pelo globo. Mas olha só, já desviei do foco principal. Na abertura dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil errou. E como já foi provado em inúmeras situações, este país não aprende com o erro. Erra de novo. E de novo. E vai ficando pra trás: em minha opinião, abaixo do 3º (mundo). Enfim, o erro prevalece e eu repito o que disse há quatro meses (dentro de instantes).

Permita-me lhe explicar o porquê de minha indignação: a vaia. Novamente, a torcida brasileira vaiou. O próprio time. Dentro do próprio estádio. Dunga, Ronaldinho, Gilberto Silva e o morto-de-fome, Kaká: dignos de vaia? Aberto para discussão. E agora, repito: “não cabe a nós a humilhação, principalmente diante dos olhares críticos de outras nações. Por mais que aqui seja um verdadeiro circo, jamais devemos garantir camarote para outros países”. Coloco entre aspas somente para enfatizar. Volte. Leia novamente. Por mais que o Dunga tenha feito escolhas equivocadas, mantendo os ex-jogadores do São Paulo em campo somente por conhecerem a Casa e uns aos outros, por mais que o Ronaldinho não tenha conseguido mostrar qualquer coisa e por mais que a perna do Gil esteja mais dura que MDF, não temos o direito de vaiar a nossa Seleção. Não podemos humilhar os nossos representantes que estão em campo na frente de outra nação. Diga o que quiser, o Brasil jogou mal por causa da torcida. É isso mesmo! Foi uma conseqüência, uma ingrata conseqüência. A torcida tem o poder de levantar, derrubar, incentivar, desmoralizar. A torcida enaltece o erro, enaltece a glória, destrói e decide o jogo.
Imagine só: você em campo. Vestindo chuteira, calção azul e blusa amarela da Seleção. Dentro do seu país, dentro de um estádio nacional. Defendendo a honra e o Brasil. A pressão que você sofre. A responsabilidade de fazer jus ao estádio lotado - a obrigação de vencer. E ao fundo, você escuta a sua torcida lhe vaiando. Aquilo ecoa na sua mente, invade sua barriga como um ar gelado e pesa no seu coração. Jogar bem e marcar gol. Ainda esperam isso de você? Garanto: a vaia brasileira enalteceu o ego – uruguaio. Nada, mas nada mesmo seria pior para o time do Uruguai do que uma boa torcida do Brasil. Torcedores com gás, vigor, patriotismo. Eles não jogavam em casa, a maior parte da torcida não era deles: existe maior pressão do que essa? Brasil ganhou de virada enquanto o estádio do Morumbi estava lotado de torcedores fajutos, vira-casaca.

Novamente o Brasil errou! E vai continuar errando enquanto não abraçar o país, enquanto não vestir a camisa. Porque, ir ao estádio de verde e amarelo, não é o suficiente para se considerar um brasileiro.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”

E é verdade. Na vida, tudo que é feito com carinho, persistência e amor dá certo. Passei o último ano de minha vida reconhecendo diferenças. Aprendi a dar espaço a elas. Assim, elas cresceram, fortificaram-se. E hoje, as diferenças não são tão diferentes assim. Admito que passei os últimos 365 dias construindo minha fortaleza – ou permitindo (finalmente) que a construíssem para mim. Passei as últimas 54 semanas aprendendo a abrir mão de muitas coisas – ou permitindo que abrissem a minha mão e a segurassem com firmeza. Agora, quero passar o resto da vida lutando para que a felicidade que tenho hoje continue ao meu lado. E dessa vez, permito que lutem essa batalha comigo. Juntos, construiremos nosso castelo, daremos cor e forma. Por isso, não encare as pedras no caminho como obstáculos ou motivos para desistir de tudo. Pegue a pedra do chão e guarde com carinho. Dê vida e dê cor. Não sabemos quando precisaremos reconstruir uma parede ou uma janela. O que importa é que a cada dia, deixaremos de lado os detalhes desnecessários. Pela felicidade - minha e sua. Vamos segurar um ao outro com mais força. E faremos isso com um largo sorriso no rosto e com leveza na alma. Afinal, em um simples raio de fé, arrisco dizer que encontrei o amor de minha vida.

sábado, 10 de novembro de 2007

Falta de tempo não é desculpa para uma má alimentação!

Deixar a alimentação em segundo plano por conta de uma agenda corrida ou da rotina atarefada é um perigo para a saúde. Mesmo em dias de correria, a falta de tempo não pode prejudicar as refeições, afinal, os alimentos são aliados essenciais na produção da energia necessária para cumprir as atividades e para garantir qualidade de vida.

O café da manhã é a refeição mais importante do dia, pois ele quebra o jejum do sono e ‘abastece’ o corpo.
Muitas pessoas, por falta de tempo e costume, não comem pela manhã e ficam muitas horas sem ingerir qualquer alimento – e isto é errado. Imagine o seguinte: o corpo está acostumado a receber alimentos diversas vezes ao dia. Se o indivíduo fica muito tempo sem comer, o corpo vai sentir “medo” de passar fome, e a partir daí, tudo que for ingerido, será transformado em gordura. Ele não sabe quanto tempo levará até que a pessoa coma novamente, então, ele se abastece e se previne. Isto vale também, para as dietas malucas que as pessoas fazem hoje em dia. Aprenda desde já: ficar sem comer não emagrece! Sabe o que ajuda a perder peso? Comer alimentos saudáveis de três em três horas. Mas aí, o problema de ‘tempo’ entra em questão. Nem todo mundo tem a disponibilidade de interromper suas atividades a cada três horas. Por isso, aí vai uma dica: carregue na bolsa barrinhas de cereal, frutas e biscoitos integrais. O importante é não ficar muitas horas em jejum, pois assim, o metabolismo não funciona.
Se ligue!

A recomendação para quem tem uma vida agitada e não mantém a disciplina com a desculpa do tempo é, ao menos, fazer três refeições por dia – café da manhã, almoço e jantar. É bom lembrar que todas as refeições devem ser balanceadas. Carboidratos devem ser evitados, mas não excluídos do seu cardápio. Lembre-se: estar na moda, é ter saúde!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

46 anos depois

Hoje nasce uma estrela! Com brilho eterno, luminosidade e muita vida. Hoje, dia 07 de novembro, ela nasce com pouco mais de 3 kg e 49 cm. É a primeira filha e a primeira neta. Sua família comemora com alegria a chegada desta princesinha, cujo nome foi dado em agradecimento à Santa Rita de Cássia. Hoje nasce a Ritinha. Ela não reconhece o mundo a sua volta – ainda é pequena, mal abriu os olhos. Ela não tem idéia de como será sua vida: das alegrias, das realizações, tristezas e perdas. Ela ainda não sabe que o mundo dá voltas e que nada é melhor que um dia após o outro. Ela também não sabe que, um dia, ensinará isso às filhas. Ah é, a Ritinha terá duas filhas. Elas serão frutos de um amor de infância. Ela não sonha que a primeira filha chegará numa noite de Natal. E ela também não sabe que seu nome será Andrezza. Cinco anos depois, tempo incalculável para uma criança, nascerá sua segunda filha, Audrey. O nascimento das meninas será inesquecível, mas isso só vai acontecer mais para frente. Daqui a um tempo, Rita aprenderá que a vida faz trocas injustas conosco. Ao segurá-la no colo pela primeira vez, seu pai, Fernando, está apaixonado. Ele a dará todo o carinho e amor enquanto viver ao seu lado. Depois, Rita conhecerá a Fé e, com isso, ela verá que sua vida pode ser melhor e mais fácil. Ela não sabe que, somente muitos anos depois, construirá a verdadeira amizade com sua mãe. Seria bom alguém avisá-la que a espera valerá a pena. Rita de Cássia vai se formar em Direito e vai tornar-se uma ótima advogada. E o melhor de tudo: será apaixonada pela profissão. Não seria mais fácil ela saber de tudo isso, ainda pequena, recém-nascida? Possivelmente. Essa criança que hoje nasce na cidade de São Paulo, será uma boa pessoa. Claro, passará muitos anos de sua vida cometendo erros e adquirindo defeitos para sua personalidade. Mas o que ela não sabe, e que provavelmente deveria saber desde já, é que suas qualidades, seus acertos, suas realizações e seu bom coração serão muito maiores do que os outros pequenos detalhes. Gostaria de contar a ela que ela vai chorar muitas vezes durante a vida – e que suas filhas também – mas que ela não deve se preocupar. Gostaria que ela soubesse que a vida nem sempre é justa; que muitos amores não duram para sempre – e que as pessoas também não. Ela precisaria saber que alguns dias serão melhores que outros; que ela fará a diferença na vida de muitas pessoas; que ela terá que segurar a mão de muitos amigos – e que precisará do ombro deles em outros momentos. Seria bom ela saber que terá, pelo menos, 46 anos bem vividos; que ela será o orgulho de suas filhas e que será o amor da vida de um homem. Gostaria de dividir com ela, todas as piadas que a farão sorrir. Gostaria de alertá-la sobre as notícias que virão em péssima hora, para que ela possa evitar, e as besteiras que ela ao certo dirá, para que fique calada. Como seria bom contar a esse bebezinho, que neste momento dorme tranqüilamente, que várias noites serão passadas em claro – mas que, muitas delas, serão por bons motivos. Se eu avisá-la, confortá-la, contar a ela como será sua vida, talvez – e somente talvez – ela poderia ser mais feliz. Mas hoje, 07 de novembro, 46 anos mais tarde, posso dizer: apesar de qualquer coisa, ela se tornou o melhor que pôde. Ela fez tudo ao seu alcance. Ela brilha e ilumina a vida de todos ao seu redor. E por ser sua filha, garanto: Rita de Cássia é, sem dúvida, a pessoa mais feliz que eu conheço.


Feliz aniversário Mami.

Fique com Deus e amo você.

Andrezza Duarte.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Duas histórias interessantes


Vou aproveitar um único post para lhe contar duas situações que ocorreram nos últimos dias. Dois momentos que me chamaram a atenção por serem inusitados e curiosos. Vamos lá!

Em alguma sexta-feira, sentei-me para tomar café-da-manhã com duas colegas de trabalho. Era uma sexta-feira de feriado e o movimento na empresa era calmo. Papo vai, papo vem e, como você bem conhece mulher, um assunto puxa o outro e quando percebemos, desviamos completamente do tema inicial. Não me recordo qual era, só sei que nós chegamos ao tema traição. Pessoalmente, eu jamais tive que enfrentar uma situação de traição (que eu saiba, não é?) e honestamente, não sei qual seria a minha reação. Mas levando em conta a minha personalidade e os meus valores, não acredito que conseguiria esquecer. Perdoar, eu perdoaria, porque acredito que não cabe a mim tomar uma decisão tão terrível quanto perdoar ou não. Mas esquecer... (?) Enfim, discutimos o tema e percebi que era a única na mesa que mantinha esta posição sobre traição. Uma das moças que estavam comigo acredita que nos dias de hoje, é necessário perdoar, pois todos nós estamos vulneráveis à tentação e a cometer deslizes. Ela disse ainda que se não perdoarmos traições, ficaremos sozinhos. (Só quero deixar clara a minha opinião a respeito do último comentário dela: prefiro ficar sozinha.) A outra moça na mesa, quieta até então, disse que também perdoaria. O perdão dela partiria do amor, para preservar um relacionamento longo e se fosse o caso, para preservar a família. Ela apresentou um bom argumento: família. Será que vale a pena manter um relacionamento pelos filhos? E a sua felicidade? Caso não tenha filhos, vale à pena, enquanto namorado (a), continuar com uma pessoa que já não lhe demonstrou fidelidade? Esta foi uma das situações que me deixaram estupefatas. Aceito e respeito a opinião dos outros e não acredito que a minha verdade seja absoluta, mas convenhamos, ser traído ou trair? Isto este dentro de qualquer parâmetro social? E o respeito? Amor próprio? Minhas colegas que me perdoem: não concordo. Acredito que cada caso é um caso e como nunca estive nesta situação, não posso dizer. Muitos fatores influenciam a sua decisão. Sua bagagem, situação atual, enfim, não posso dizer por você. Na verdade, nem por mim. Mas coloco na mesa este debate: devemos perdoar simplesmente pelo fato de talvez ficarmos sozinhos? Devemos perdoar simplesmente pela vulnerabilidade do ser humano, da falta de índole e caráter? Atrações e tentações todos nós temos. Somos seres humanos, de carne e osso. Mas, o que difere a sua índole de uma índole traíra, é o que você faz diante destas atrações e tentações. Seus valores entram em jogo, o amor pela outra pessoa, o amor próprio. Se você trair, cale-se para sempre. Agora, se você não trai, se você não se permite cair na tentação e ceder à atração, por que você deveria perdoar alguém que cedeu? Se você se manteve firme e forte, por que perdoar quem não se manteve, quem não teve tamanha consideração? Está em aberto. Está em jogo. Talvez, qualquer dia, você esteja do outro lado da situação... Mas aí a questão em pauta não é mais o perdão: é a cara-de-pau.



Fui jantar com minha família em uma sexta-feira de feriado. Fomos a uma pizzaria no bairro de Moema e o céu estava ameaçando abrir espaço para um temporal. Sentei-me à mesa nos fundos do restaurante e reparei que havia uma sala ao lado, cujo toldo estava erguido. Uma sala ao ar livre, super agradável e refrescante. A noite estava quente e desejei ter sentado lá. Ventiladores ligados e aquele calor insuportável tiravam um pouco da fome de todos. Olhava os que estavam comendo suas pizzas ao ar livre, tomando suas cervejas e refrigerantes com a brisa da noite e à luz do luar. De repente, percebo que todos ficam incomodados e inquietos. Uma fina garoa começa a cair sobre as pessoas, dentro do restaurante. A fina garoa virou chuva... E em questão de segundos, os pingos estavam grossos e pesados. As pessoas se levantaram e saíram da sala em direção a minha mesa para se protegerem da chuva. Foi uma cena e tanto: chuva caindo dentro do restaurante, inundando pratos, cadeiras, toalhas, pizzas e refrigerantes. Os garçons tentavam fechar o toldo, mas não conseguiam – ótima hora para quebrar! Desesperadas, as pessoas voltavam à sala para recuperarem os seus pertences como bolsas, brinquedos das crianças e celulares. E voltavam encharcadas. A sala estava praticamente inundada quando conseguiram, finalmente, fechar o toldo. A aniversariante perdeu alguns presentes e algumas de suas flores afogaram. Uma cena inesquecível. Parecia um filme Hollywoodiano, aqueles onde a chuva estraga todo o casamento. Enfim, queria dividir este momento inusitado com vocês. Mas você sabe o que dizem: chuva no dia do aniversário é sorte. Agora, chuva dentro da festa, em cima do aniversariante supera qualquer superstição.

Rádios Comunitárias: A voz de um povo calado

Dizem que o Rádio é apaixonante. Alguns dizem que vicia. Não acreditava - até trabalhar na área. O meio de comunicação mais veloz na mídia atinge públicos de todas as idades de forma imediata. A Internet tem o papel de absorver tudo – tudo migra para a Internet, e com o Rádio não foi diferente. Grandes emissoras como Rádio Globo, CBN, Rádio Record, Metropolitana e Jovem Pan adaptaram-se à Internet, abrindo seus leques de oportunidades. Expandiram seu público e supriram as necessidades tão volúveis do público. Inseriram suas programações na web e facilitaram o acesso.

Um tema atual que tem gerado grande polêmica na mídia são as rádios comunitárias, conhecidas também como “rádcoms”. Mas como essas rádios se inserem na tecnologia dos dias atuais? O grande foco das mesmas é a comunidade. A inserção pública é um dos desafios que deve ser enfrentados. O espaço público é injusto, é desigual e as rádios comunitárias foram criadas para superar estas diferenças. Há participação popular, há luta pela cidadania e igualdade. Geralmente, os locutores e comentaristas das rádios comunitárias são os próprios moradores da comunidade, o que traz proximidade ao público, identificação. A população encontra nestes radialistas, traços semelhantes aos dele. Isto traz conforto e, acima de tudo, traz voz aos reprimidos e calados.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie promoveu palestras sobre Rádio e Cidadania na Semana de Comunicação. Os apaixonados por Rádio, Luciano Maluly e Gisele Sayeg da Universidade de São Paulo, e Márcia Detoni da Universidade Presbiteriana Mackenzie, participaram do evento e ilustraram o tema para os alunos participantes. As palestras, obviamente, trataram do mesmo assunto: rádios comunitárias. Cada palestrante com seu foco e visão sobre o tema. Porém, uma opinião foi unânime: as rádios comunitárias são instrumentos de acesso da comunidade ao meio de comunicação e informação. As “rádios do povo” enfrentam ampla concorrência das grandes mídias. Elas são ameaçadas por emissoras de grande porte: disputam audiência, credibilidade e legalidade. A jornalista Márcia Detoni nos trouxe a informação de que existem 10 mil rádios clandestinas no país, superando as quatro mil rádios legalizadas. Mesmo clandestina, a Rádio Heliópolis, por exemplo, presta serviços à comunidade e realiza um trabalho profissional e sério. Apenas não recebeu a autorização para desempenhar seu trabalho de forma legal. Rádios comunitárias, como esta, funcionam como qualquer outra rádio: com programas musicais, programas jornalísticos (na maioria das vezes, programas de baixo-teor jornalístico) e prestação de serviço (por exemplo, caso algum morador da comunidade perca algum documento e o mesmo for encontrado, os locutores anunciam na rádio). Muitas “rádcoms” oferecem programas religiosos, suprindo uma necessidade grande da comunidade. Elas aproximam o povo e proporcionam espaço e voz.
Luciano Maluly apresentou o “Legado de Roquette-Pinto”. A herança do pai da radiofusão no Brasil é aproveitada até hoje. Edgar Roquette-Pinto, devido a sua persistência, implantou e dirigiu a primeira rádio do país: Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923. Ele convenceu a Academia Brasileira de Ciências a comprar os equipamentos radiofônicos depois de uma feira internacional, onde os americanos introduziram e testaram a tecnologia radiofônica no pico do Corcovado, no Rio de Janeiro. A primeira transmissão de rádio foi do então presidente Epitácio Pessoa. Encantado com este novo veículo, Roquette-Pinto enxergou o futuro: confiou e presenteou o Brasil com o veículo de comunicação mais rápido e eficaz da história. Sua primeira reação foi "Eis uma máquina importante para educar nosso povo" – e ele tinha razão. Por muito tempo, o Rádio foi o principal responsável pelo entretenimento e educação do povo brasileiro. Muitas pessoas ainda preservam o Rádio como seu melhor amigo, seu companheiro de todas as horas. Outras pessoas, abandonaram este veículo por outras mídias, como televisão e Internet. O Rádio é a reprodução de conteúdo - ou deveria ser. Luciano Maluly acredita que o Rádio hoje em dia é uma reprodução da Internet: os locutores imprimem notas e as lêem no ar, sem interpretação. Ele diz que não há como interpretar 60 informações em 20 minutos e com isso, não há interação com o ouvinte. Todos os convidados presentes concordaram que é necessário reproduzir o momento, reproduzir o cotidiano. Os jornalistas de rádio precisam melhorar a comunicação e precisam falar. O legado de Roquette-Pinto deixa claro que devemos ampliar o conhecimento e o rádio deve ser usado justamente para isso.

A Internet absorveu tudo que havia ao seu redor: inclusive o Rádio. Ele migrou para a Internet e teve que adaptar-se às novas tecnologias. A palestrante Márcia Detoni acredita que a Internet é a redescoberta do Rádio. Uma oportunidade para valorizar e ampliar o acesso à informação. Com as rádios comunitárias, há uma missão a ser cumprida: democratizar as comunidades. E com estas rádios, os deveres e direitos ficarão claros e darão acesso democrático às informaçõs. Em um país onde apenas 10% da população vive com uma renda familiar acima de três mil reais, é necessário que haja uma mídia que exerça um papel social e as “rádcoms” fazem exatamente isso. Na África e Ásia, por exemplo, as rádio comunitárias são fundamentais para a população em níveis sociais e educacionais. Novamente, o objetivo destas rádios é a consipação das diferenças. Elas não surgiram para tomar o lugar das rádios comerciais, mas sim, para somar a elas. Assim, a democratização será mais fácil e possível.

domingo, 4 de novembro de 2007

Enquanto isso no Brasil... Copa será em casa!


O mundo está às avessas! Petrobrás volta à Bolívia? Guerras no vai-não-vai, dinheiro de criança desaparecida paga hipoteca! Enquanto isso no Brasil... Copa de 2014! Para o mundo inteiro! Menos para o Brasil, é claro. De que adianta sediar a Copa no Brasil se o preço dos ingressos não condiz com a realidade brasileira? Mais uma vez, o povo vai assistir pela televisão! Assunto em pauta! A educação e a saúde pública vão de vento em polpa, então, por que não investir no mais esperado evento esportivo? Prioridade máxima! Desigualdade social não passa de ficção! Foi dada a largada! Ficamos para trás! Brasil abriu o caminho e deu o título ao estrangeiro! Nem sei por que ainda assistimos! Um verdadeiro orgulho para a nação - deles! E uma mulher vai assumir a presidência de los hermanos! Ueba! Que sirva de lição! Quem sabe o 3º mandato “Lula” não seja governado pela D. Marisa? Imaginem! Não, melhor não! Com essa moda de “lei da atração”, não tenho coragem de imaginar mais nada!

O Noel chegou mais cedo este ano! E chegou a 120 km/h! De tempestade tropical virou furacão! Devastou, desabrigou e destruiu! E o título do Tricolor também chegou com antecedência! Penta campeão com quatro rodadas pela frente! Descanso merecido: Muricy foi pescar! E encontraram mais uma rádio pirata! Desta vez, em plena Avenida Paulista! Congonhas e Cumbica em perigo devido às piratarias do rádio! Ah, se fosse só isso...

Oscar Niemeyer está entre os 100 maiores gênios vivos. E olha que ele montou a arena do circo político! Genial? Eu diria outra coisa. Quer construir um picadeiro? Dê aos palhaços um título político! Se der errado, é só cassar! Sem desmerecer Niemeyer, o feitiço voltou-se contra o feiticeiro! E você não imagina os macetes usados para desvio de verba! Até as gráficas entraram no esquema! Publicidade e propaganda honesta do PT! Oxalá, Cidade Limpa! E agora? Quem vai desfazer o estrago? Só a Tropa de Elite! Diretamente do Rio de Janeiro para o Distrito Federal!

Crise do leite! É mole? Leite adulterado, gasolina adulterada! País adulterado! Manda investigar! Aí tem!


Esta crônica será publicada no jornal americano "Nossa Gente" no dia 16 de novembro. Jornal dedicado à comunidade brasileira que reside na cidade de Orlando, Florida - Estados Unidos. Faço parte do grupo de colaboradores do jornal e assim, aos poucos, vou me realizando. As realizações vêm aos poucos...e na medida certa.

Sorrisos pela metade


Peço perdão pelo último post! Estava indefinido, sem pé ou cabeça! Mas como disse, foi um desabafo! Naquele exato momento, aconteciam coisas ao meu redor que, se eu não canalizasse minha energia e atenção em qualquer coisa, certamente teria explodido! Eu sei, eu sei. Não precisa dizer. Eu sei que ando sem paciência. Mas a culpa não é minha! Mentira, claro que é. Juro que não vou tentar justificar a minha impaciência, mas realmente sinto que as pessoas estão com os nervos à flor da pele. Você também já reparou nisso? Que bom, assim não me sinto tão estranha. Eu tenho a impressão que todos andam mais nervosos e menos amorosos – talvez seja aquela tensão e pressão de final de ano. Talvez. O motivo de meu agastamento é claro e estou com um sério problema: as pessoas me irritam. O ser humano me irrita. Com sua falsidade, arrogância, sorriso-pela-metade em uma cara desgastada. Com suas mentiras, sua inimizade, sua insatisfação. Não é de hoje essa irritação e acredito que todos já devem ter sentido isso. Mas ultimamente, ando mais cara-de-pau. Não consigo abrir um sorriso para quem eu sei que mente para mim, quem esconde coisas de mim. Não consigo ser cordial com alguém que falsifica sua amizade por mim e que ilude um relacionamento qualquer com um ar gracioso. Existe a lei da sobrevivência, a regrinha que todos conhecem, o famoso “go with the flow”. "Não questione muito, trate todos bem e siga sua vida, sem criar desavenças e inimizades". Fiz isso por muito tempo, assim como eu sei que fizeram comigo. Não deixei de acreditar na lei do “bom vizinho”, mesmo porque, ainda a coloco e prática. Máscaras, máscaras e máscaras. Faz bem colocar máscaras. Mas fez bem tirá-las também. Acredito que se você não está satisfeito, simplesmente não finja. Aja em respeito ao seu coração.