quinta-feira, 7 de maio de 2009

Frase do dia:

"Keep coming up with love, but it's so slashed and torn... Why can't we give love that one more chance? 'Cause love's such an old fashioned word" - David Bowie

quarta-feira, 6 de maio de 2009

"Atualizações"

Sim, é vergonhoso não atualizar o blog por dois meses. Eu sei. Bom, esse post não pode ser considerado uma atualização, mas, pelo menos, postei os dois últimos textos da minha coluna ENQUANTO ISSO, NO BRASIL abaixo (o que, também, não é uma atualização, já que a última tem quase um mês)...

Enquanto isso, no Brasil... As pérolas presidenciais

Como de costume, a maior diversão do brasileiro é o próprio presidente. Depois de fazer bonito no Reino Unido - afinal, não foi ele que abraçou a Rainha - ele está se achando ‘o cara’. Não é para menos: o elogio foi dado pelo fazedor de milagres, Barack Obama, atual melhor amigo de Lula. Durante o chá da tarde, também conhecido como G20, os países combatem uma crise causada por ‘loiros de olhos azuis’! Opa! Eis a primeira pérola do nosso presidente. Além de achar chique emprestar dinheiro ao FMI, ele ainda confessou que reza mais por Obama que para ele mesmo, já que o problema do presidente norte-americano é bem maior que o nosso. Por aqui, a crise rebaixa meio milhão de brasileiros para as classes D e E. Já por aí, os bancos continuam fechando e a situação está oficialmente preta: a Disney anunciou a demissão de quase dois mil funcionários. Numa hora como essa, não há mágica que resolva o problema.

E a coisa está feia para todo mundo: até o império de luxo paulistano dançou! Ou melhor, deu uma bela escorregada, mas está de volta. Fraude e formação de quadrilha (entre outros) não significam mais nada por aqui. O destino por trás das grades de Eliana Tranchesi virou história em pouco tempo – pouquíssimo tempo, aliás. Merecido! A cana - não ter se livrado dela dias depois. Esse pessoal vai para a cadeia passar o feriado enquanto a poeira baixa. Mas nada que muito dinheiro e câncer não resolva. O Brasil é assim: justiça ‘dura’ e coração mole.

Mas vamos às boas notícias! Mais uma edição do Big Brother Brasil chegou ao fim, para as férias merecidas de Pedro Bial - eu estava mesmo precisando. Ainda não me conformo com a falta do que fazer desse (ex) jornalista. Ontem, no Muro alemão. Hoje, no paredão! Max: o mais novo milionário que não faz a mínima ideia do que fazer com tanto dinheiro – ou com a vida. E, é claro, o povo gosta. Como vibra! E dessa vez, nem eu escapei: minha família resolveu acompanhar e torcer junto! Que castigo. Mas o nosso país trabalha com extremos: as duas figuras mais populares no Brasil atualmente são o Lula e esse menino. Inacreditável. Confesso que isso me assusta – chega a ser uma doença cultural, intelectual.

Por essas e outras, o Brasil é fantástico – no sentido mais literal da palavra. E eu tenho achado muita graça em viver por aqui. Afinal, “humor não é piada, mas uma ferramenta de sobrevivência”- C. W. Metcalf

Esta crônica foi publicada dia 16 de abril, no jornal americano NOSSA GENTE, em sua 25ª edição. Jornal dedicado à comunidade brasileira que reside na Flórida - Estados Unidos. Faço parte do grupo de colaboradores do jornal e assino a coluna ENQUANTO ISSO NO BRASIL. Assim, aos poucos, vou me realizando. As realizações vêm aos poucos...e na medida certa.

Enquanto isso, no Brasil... O colapso

Que conversa é essa de que a crise internacional é uma simples “marola”, Sr. Presidente? É possível enxergar a olho nu que o Brasil apertou o cinto nessa onda violenta e que bons ventos não irão soprar por enquanto. Para quê teimar nesse jogo de otimismo? Com o mundo correndo o risco de totalizar mais de 50 milhões de vagas de emprego perdidas devido à crise, e com a queda da produção industrial em janeiro, o Ministro da Fazenda ainda garante que nós seremos os primeiros a sair debaixo do rolo compressor.

Num mundo que está tendo que estatizar a economia para sair dessa, o mercado de trabalho está ganhando uma nova cara: o espaço agora é de terceirizados e prestadores de serviços. O que está difícil de entender lá no circo do DF é que brincadeira tem hora e essa não é uma delas. Dizem que otimismo perpétuo é sinal que você não está prestando atenção. Bem-vindo ao Brasil.

Fim de carnaval é começo de ano por aqui. Salgueiro e Mocidade Alegre saíram vitoriosas, assim como Slumdog Millionaire. A nossa übermodel Gisele Bündchen se casou em segredo e a Páscoa vem aí. 2009 começa agora.

E o Brasil já viu de tudo nessa vida, mas ninguém contava – ou acreditava - num retorno tão marcante quanto o do Fenômeno ao futebol brasileiro. O Ronaldo está no Corinthians... Ou melhor, o Corinthians agora é de Ronaldo. Gol de cabeça, alambrado quebrado e cartão amarelo: ele caiu do céu e voltou a brilhar. Sua volta por cima foi emocionante, quase épica. De pé, foi aplaudido até pelos rivais. E assim, ele está de volta.

Mas não foi apenas o Fenômeno do futebol que ressurgiu... Driblando um futuro onde o sol deveria nascer quadrado para o resto de sua vida, o ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, se aproveitou da memória seletiva do cidadão brasileiro e redesenhou sua ascensão política: assumiu o comando da Comissão de Infraestrutura do Senado. Será que finalmente conheceremos os descaminhos do dinheiro público? O silêncio responde.

Tudo muda para ficar igual; os cidadãos continuam com medo do futuro. Mas os políticos vivem aterrorizados com o próprio passado.


Esta crônica foi publicada dia 16 de março, no jornal americano NOSSA GENTE, em sua 24ª edição. Jornal dedicado à comunidade brasileira que reside na Flórida - Estados Unidos. Faço parte do grupo de colaboradores do jornal e assino a coluna ENQUANTO ISSO NO BRASIL. Assim, aos poucos, vou me realizando. As realizações vêm aos poucos...e na medida certa.

domingo, 3 de maio de 2009

A cereja em cima do meu bolo

Que maravilha. Maravilha no sentido mais literal da palavra. Quase mágico. Quase, não. Mágico, do começo ao fim. Incrível no sentido mais fabuloso. No sentido mais encantador. No sentido mais incrível da palavra. "Não há injustiça que perdure nessa vida". A frase é minha. Está entre aspas por uma questão de estética. De ênfase. Fica mais bonito. Mas, realmente... não há injustiça que perdure nessa vida. Acredite. Prometo que não há. O justo e o certo chegam. Eles chegam. A cavalo branco - galopante e majestoso. E, finalmente, desentopem o que quer que seja que impedia você de respirar fundo. De suspirar. De se ver livre de um frio na barriga que não lhe pertencia. De uma dorzinha no coração que não deveria estar lá. Você consegue, finalmente, abrir um sorriso de paz, de conforto. Um sorriso de domingo. E olhar para trás é a última coisa que você quer - ou que precisa. Afinal, a sua vida está à frente. Sem o mundo pesando nas costas, você pode ir dançando, correndo ou caminhando lentamente. É, não há injustiça que perdure nessa vida. Não sou Shakespeare, Freud e muito menos Sting. Mas eu prometo.