terça-feira, 11 de março de 2008

Do fundo do baú, a música que te faz sorrir

Recentemente, ouvi um locutor de rádio dizer que Capital Inicial é a melhor banda de todos os tempos. Os fãs que me perdoem, mas que gostinho musical, hein? Isso só me fez refletir... Nos dias de hoje, o gosto musical está em decadência. “Papas na Língua” como a banda mais votada da semana? CPM, Danni Carlos... Ai! Confesso que ouço músicas bregas mas me pergunto: o que aconteceu com o poder de crítica das pessoas? Já não sabem distinguir o bom do ruim? Um som de qualidade do som de NX Zero? Dizem que a música acompanha o desenvolvimento de uma geração. Então eu posso dizer que a nossa geração está perdida. Não posso concordar com esse fanatismo, essa falta de “feeling”, de bom gosto! Mas não posso culpar quem ouve, mas sim, quem escreve e canta! Se bem que quem ouve não tem a mínima noção do que é música. Mil perdões, mas música vai além dessas bandinhas. E depois ainda dizem que se inspiram em grandes artistas! Ha! Até parece! Se as bandas atuais são frutos de grandes inspirações, socorro! Ultimamente, tenho aberto espaço para músicas tiradas do fundo do baú. E cada vez mais me convenço de que “não se faz mais música como antigamente”. Gênios implacáveis como os meninos do Dire Straits, Supertramp e o meu trio-maravilha formado por Phil Collins, Elton John e George Michael. Guns n’ Roses, Bryan Adams, The Doors, Queen. Toni Braxton, Celine Dion, Tracy Chapman. Preciso continuar? O que quero dizer é: cadê os jovens talentos, frutos verdadeiros destes artistas? Para onde foram as notas de bom gosto, as letras com sentido e sentimento? Tudo muda, claro. Mas para mim é difícil nomear outra música além de “Your Song”, como a mais romântica de todos os tempos. Ou alguma outra mais revolucionária que “The Logical Song”, by Supertramp. Ou ainda uma música com mais sentimento que “Against All Odds”. Uma com tanta história e importância para mim quanto “As The World Falls Down”, do lendário Bowie. Existe alguma música que dê mais força para uma mulher quanto “I Will Survive”? Ou uma que conquiste alguém com tanta verdade quanto “Everything I Do”? Ou letras mais bonitas quanto as de Chico Buarque ou Caetano? Trocadilhos mais inteligentes que os feito por Renato Russo? Acho difícil. Que tal resgatar aqueles discos de vinyl antigos ou aqueles CDs empoeirados? Que tal ouvir uma boa música? Comece por estas indicadas e depois se entregue. Não posso generalizar... Há ótimos grupos hoje em dia. Mas cuidado! Não vá muito além de Coldplay, Dave Matthew's Band e Radiohead. Fique dentro dos parâmetros de Los Hermanos e Aerosmith. E olha que estes nem são tão novos assim! Saiba diferenciar. Gostaria de citar outros artistas que considero importantes na história da música, muitos que valeriam a pena mencionar aqui. Mas vamos em frente. Você pode gostar do lixo musical que invade nossos ouvidos... Mas compare com o que é verdadeiramente música e veja por si mesmo. E depois me diga se o que você anda ouvindo é música ou tentativas musicais. Não caia na moda de Jack Johnson, John Mayer e derivados. Não se entregue ao som de Arctic Monkeys ou do Capital Inicial. É saudável “despirocar” e dar chances para os “sem-talento” de hoje. O importante é você saber voltar. Saber voltar para o verdadeiro significado de música. Mas não dêem ouvidos a mim. Isso tudo não passa de uma opinião. Talvez o locutor da tal rádio tenha mesmo a razão: talvez o Capital Inicial seja a melhor banda de todos os tempos e eu é que me enganei. Então, se este for o caso, aqui vai uma dica: fechem esta página e liguem o rádio! As sete melhores vêm aí!

Abro este espaço para incluir um comentário anônimo que me agradou e com o qual eu concordo. "Anônimo", obrigada pela participação! Sua opinião, e a de todos, é sempre bem-vinda!!

"Concordo em parte. Muitas músicas que foram consideradas "ruins" na década de 90, hoje são clássicos que todos adoram. Minha opinião: toda geração tem o seu ritmo musical, e saberemos se realmente são memoráveis, daqui a 10 anos. Cada tribo tem seu gosto e cada banda fará de tudo para ganhar em cima deste 'gosto'. "

4 comentários:

Anônimo disse...

Concordo em parte.

Muitas músicas que foram consideradas "ruins" na década de 90, hoje são clássicos que todos adoram.

Minha opinião: toda geração tem o seu ritmo musical, e saberemos se realmente são memoráveis, daqui a 10 anos.

Cada tribo tem seu gosto e cada banda fará de tudo para ganhar em cima deste "gosto".

Raíssa disse...

Concordo com você Deza!!!

E eu odeio NX Zero...

Beijos

Anônimo disse...

Ah, Deza!
Falou em uns clássicos muito bons, adoro a Tracy Chapman, o Elton... Mas acho q pegou pesado, pq falar sobre gosto sempre é complicado. Envolvem muitas coisas, como cultura (ainda mais no Brasil) etc.
Agora Guns n’ Roses é difícil hein...huahua

Leo Sator disse...

Música bonita!?...É sentida através da melodia ou da composição.
O seu gosto se parece com o meu, aliás eu também estou quase sumindo desse país. Aqui falta tudo: cultura, criatividade, inspiração e, claro, também musicalidade para nós, infelizmente. Aliás tendências musicais aqui é o que mais nós temos, só faltam qualidades dentro delas (melhores harmonias), e no caso específico do nosso rock como vc comentou, com pouquíssimas exceções quase não existe. Para quem viu um pouco dele dos anos 80 (melhor era e quantidade), viu também ele desaparecer.
Gostaria que fosse diferente, então resolvi mostrar um pouco do passado em um livro que escrevi. Estou convidando todos interessados por músicas conhecerem..., em breve será publicado, trata-se de um romance muito legal dos anos 70 e, que rola muita música.
Para quem quiser ir mais a fundo, o enredo está no site www.baudamusica.com.br
Convido todos compactuarem com essa época, música boa não faltava. Quem sabe podemos começar ascender a galera a produzir melhor.
Abraços,
Nardo Caretta
Escritor