quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Enquanto isso, no Brasil... Ô abre alas!

Desta vez, passamos longe do tapete vermelho hollywoodiano. A 81ª edição do Oscar fica sem cinema brasileiro e sem graça. Confesso não ter assistido a todos os filmes indicados - mesmo porque, alguns ainda nem chegaram aqui! Mas antecipo minha curiosa impressão a respeito da adaptação da obra de F. Scott Fitzgerald às telas: merecia o prêmio de maior tédio na história do cinema. Antes do bombardeio de críticas, concordo de antemão: Benjamin Button reúne maravilhas como cenário, maquiagem, Brad Pitt e roteiro - afinal, estamos falando de um clássico. Mas insisto: ler o livro, além de mais rápido, teria proporcionado três horas bem mais deleitosas do que a canseira dada pelo diretor David Fincher. Hollywood atual: tentativas frustradas que agradam a maioria.

Mas vamos ao que interessa: enquanto isso, no Brasil, a crise financeira chegou de carro alegórico ao sambódromo! As escolas de samba se desdobram e rebolam para driblar a falta de verba para garantir a entrada glamorosa na avenida. Neste ano, a data mais animada - e talvez a mais esperada pelos brasileiros - não será somente ao som dos enredos carnavalescos: mais de 40 anos depois, as tradicionais ‘marchinhas’ voltam a fazer sucesso!

E o Brasil está nas mãos do PMDB com duas estrelas (de)cadentes à frente do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Sarney e Temer ficam no comando das casas e aquecem a disputa para 2010. E nem todos estão com essa bola toda: depois de 223 dias no Chelsea, o nosso técnico Felipão perdeu o cargo e deixou a equipe sem vencer um clássico sequer no campeonato.

Falando em sucesso, cheguei à conclusão de que a moda no Brasil é ditada pelas novelas de Glória Perez. Desde que a última estreou, haja incenso, cangas e audiência! À caráter, as pessoas seguem o caminhos das Índias pelas ruas do país! E o BBB é o ‘fracasso’ de maior ibope da TV brasileira. Há sete anos me pergunto o que o Pedro Bial faz lá. Um jornalista que, em seus dias de glória cobriu a queda do Muro de Berlim, hoje é pago (e muito bem) para colocar pseudo-celebridades no paredão! Quem te viu, quem te vê!

O que nos resta é o samba no pé, pois como já dizia Graciliano Ramos, “a única certeza do brasileiro é o Carnaval no próximo ano”.
Esta crônica foi publicada dia 16 de fevereiro, no jornal americano NOSSA GENTE, em sua 23ª edição. Jornal dedicado à comunidade brasileira que reside na Flórida - Estados Unidos. Faço parte do grupo de colaboradores do jornal e assino a coluna ENQUANTO ISSO NO BRASIL. Assim, aos poucos, vou me realizando. As realizações vêm aos poucos...e na medida certa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Brasil, meu Brasil brasileiro...